Cidades

Atos de vandalismo em parques de Goiânia custam cerca de R$ 1,5 milhão à Prefeitura por ano

Pichações do Castelinho do Parque Lago das Rosas e escultura de pássaro de Maria Guilhermina estão sendo recuperados

A da Agência Municipal do Meio Ambiente de (Amma), estima que sejam investidos uma média de R$ 1,5 milhão por ano na recuperação de itens degradados nos parques públicos em Goiânia. Esse valor pode ser ainda superior ao se incluir, por exemplo, o furto de fiações da iluminação pública.

Na última semana, chamou a atenção da população a queda da escultura de pássaros da artista plástica Maria Guilhermina no lago do Parque Flamboyant. Apesar da possibilidade ter sido às grandes precipitações de chuvas, atos de vandalismo podem ter colaborado com a queda da estrutura.

“Vídeos enviados à perícia mostram um homem subindo na escultura no meio do lago, ignorando as câmeras e inclusive as placas de proibição de nado e pesca no lago”, explica o presidente da Amma, Luan Alves.

A escultura foi retirada do lago com o apoio dos bombeiros em uma megaoperação com guindaste e, em seguida, foi levada para recuperação pela artista plástica em seu ateliê.

Já no Parque Municipal Lago das Rosas, a Amma realiza os reparos do Castelinho, alvo frequente de pichações e depredações. Entre os reparos realizados, a Amma realiza pintura, reestruturação dos banheiros, que receberam grades em suas janelas. As portas dos banheiros também foram reforçadas com ferro para evitar novos danos. Segundo a Amma, o espaço será cedido à Secretaria Municipal de Cultura (Secult) que dará a destinação final para seu uso, após a reforma.

O Parque Leolídio Di Ramos Caiado, no Setor Goiânia 2, recebeu reparos na iluminação, por conta de atos de vândalos, incluindo o roubo de fiações, em 2021 e 2023, e passou por novos reparos em janeiro deste ano. No entorno do parque, foram recompostos 4.650 metros de cabos elétricos, além da manutenção e troca de lâmpadas em LED em 94 luminárias.

Já no Bosque dos Buritis, outra obra importante que é restaurada constantemente pelo poder público é o Monumento à Paz Mundial de Siron Franco. Construída em 1988 em forma de ampulheta, a obra mostra a possibilidade de união entre todos os povos em torno da paz. “A ironia é que não deixam nem mesmo a obra em paz, com pichações frequentes”, lamenta o superintendente de Gestão Ambiental e Licenciamento da Amma, Ormando Pires. A peça tem cinco metros de altura e pesa 50 toneladas.

Colaboração

A Amma pede a colaboração da população para denunciar atos de vandalismo e furtos de fiação nos parques, ligando para o número 153 da Guarda Civil Metropolitana (GCM). A segurança dos parques, que também são Áreas de Preservação Permanente (APP), fica a cargo da Coordenadoria de Policiamento Ambiental da GCM que tem atuado com rondas nos parques.

No caso de flagrante de pichações, a própria fiscalização da Amma pode ser acionada no telefone 161. Pichar, grafitar ou, por outro meio, conspurcar edificação alheia ou monumento urbano é passível de multa de R$ 1 mil a R$ 50 mil.

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